O tie dye, técnica milenar de tingimento de roupas, é apontado pelas passarelas e especialistas como uma forte tendência. Símbolo de liberdade e revoluções sociais, o tingimento artesanal teve sua origem em um contexto cultural completamente diferente.
A história
Originalmente desenvolvida pelos japoneses no século VI e século VII, a técnica era conhecida no Japão como shibori. O tingimento era bastante realizado tanto pelos asiáticos, quanto pelos africanos e indianos (Bandhani) para incorporar aos tecidos as formas orgânicas de cores combinadas.
O nome tie dye foi incorporado para técnica somente nas décadas de 60 e 70, quando começou a aparecer no ocidente. A nomenclatura em inglês significa “amarrar e tingir”. Na época, a técnica ficou famosa por ser fortemente adotada e adaptada pela comunidade hippie, que era vista utilizando camisas, calças e acessórios como cangas em movimentos e festivais nos Estados Unidos. Seu status, na época, era de u elemento estético que representava a liberdade. O visual conquistou músicos como John Sebastian, Janis Joplin e Joe Cocker.
Em meados da década de 90, o tie dye foi resgatado pelos clubbers em seu estilo de vida noturno. A abundância de cores em uma peça só era o ideal, então a técnica caiu como uma luva – mas a importância mora no resgate das roupas.
Seja pelo atual contexto político-econômico no qual estamos inseridos atualmente, ou pela demanda cada vez maior de itens personalizados e exclusivos, a antiga técnica de tingimento volta a aparecer como forte tendência.
Movidos pela nostalgia noventista que predomina em boa parte da moda atual, o estilo clubber também aparece em alta como a promessa da vez.
A técnica tie-dye
Devido a sua popularização, a indústria da moda desenvolveu diversas técnicas para produzir o tie dye em larga escala. Basicamente os desenhos são produzidos aleatoriamente através do tingimento do tecido com partes protegidas do contato com a tinta.
Antes do tingimento, é feito um preparo do tecido para se conseguir os efeitos de degradê, contanto com a ajuda de barbante ou cordas, que são enrolados e amarrados fortemente nas partes que não devem ser tingidas.
Normalmente, as cores ficam em formato espiral, mas também há a possibilidade de chegar em formatos, como manchas, esfumaçados e listras, entre outros.
Fonte: notthesamo